“Neste ano, o desafio será trabalhar criativamente e colaborativamente com uma nova matéria-prima – um feltro feito a partir da desfibração de peças que retornam por motivo de trocas realizadas nas lojas da Cia. Hering -, que é submetida a um novo processo de tecelagem industrial com a tecnologia da empresa paulista Feltros Santa Fé”, revela Jackson Araujo, que divide a direção criativa e de conteúdo do projeto com Luca Predabon.
É com esse material que os participantes terão que desenvolver novos produtos aliando qualidade, design e sustentabilidade. A técnica do upcycling – que se carateriza por transformar um material a ser descartado em um item com maior valor agregado e nova destinação de uso – é uma das bases da Economia Circular que, em contraponto aos processos produtivos lineares, defende a utilização de resíduos como insumos para a produção de novos produtos.
“Esse novo feltro é reciclado e reciclável por até duas vezes antes de virar material para a construção de jardins verticais”, afirma Luciano Amado, diretor comercial da Feltros Santa Fé, idealizador do processo de feltragem que se baseia em cinco premissas denominadas 5R: “Reduzir, recuperar, reutilizar, reaproveitar e realocar”.
Atividades abertas
Entre os dias 20 a 23 de agosto, os 10 selecionados participam de uma série de atividades – com tutoria criativa dos designers Patrícia Centurion, Itiana Pasetti, Eduardo Borém e Jorge Feitosa -, que inclui oficinas, exposição, masterclass, painéis e workshop, culminando, no último dia, com uma mostra dos itens produzidos durante a realização do projeto.
Outra atividade gratuita e que prevê inscrição prévia de interessados nos temas relacionados à co-criação em Design Gráfico é a Oficina Retraços. Serão 30 vagas distribuídas em três workshops que abordarão o design de superfície e estamparia digital. Durante os quatro dias de atividades no Centro Cultural São Paulo, o público em geral também poderá participar de aulas magnas, painéis de debate, performances e exposições de arte, cinema, apresentações musicais e oficinas, assim como ter acesso ao conteúdo gerado durante o decorrer do projeto através de transmissões por streaming pelas redes sociais.
O resumo de todo o trabalho, reunindo o conteúdo e metodologias desse novo paradigma de produção e consumo, será alvo de uma publicação a ser distribuída, gratuitamente, para escolas públicas e entidades privadas sem fins lucrativos voltadas para a educação e arte, assim como disponibilizada para download gratuito na internet.
“O Trama Afetiva pretende atuar, significativamente, na valorização da afetividade no sentido de empoderar pessoas a ocuparem novos papéis na sociedade por meio da educação informal e do compartilhamento de conhecimento e aprendizados práticos, inspirando mudanças que possam potencializar a Economia Circular como uma importante linha de pensamento e ação na transformação dos modos de produzir e, por consequência, de consumir”, finaliza Araujo.
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