Iniciativa inédita apoiada pela Fundação Hermann Hering e criada pelo Museu da Pessoa valoriza histórias de vida de jovens do Instituto Reciclar.
“Uma história pode mudar nosso jeito de ver o mundo”. Foi a partir desse pensamento que Fundação Hering, Museu da Pessoa e Instituto Reciclar, três organizações do terceiro setor do Brasil, se uniram para uma iniciativa inédita que busca formar um legado cultural e social por meio de registros de Memória Oral.
Viabilizado pela lei do Proac ICMS, de São Paulo, o Projeto Círculo de Histórias teve início no segundo semestre de 2019 e chega ao fim com a exibição, no próximo dia 19 de março, do lançamento de 10 curtas-metragens, produzidos e editados por jovens da comunidade do Jaguaré, na zona Oeste de São Paulo, atendidos pelo Instituto Reciclar. Os curtas-metragens também farão parte do acervo do Museu da Pessoa, e retratam memórias e momentos marcantes na vida dos jovens, colocando-os como protagonistas de suas histórias.
Para chegarem aos produtos finais, os jovens passaram por uma ampla formação, em que conheceram a premiada metodologia Tecnologia Social da Memória, criada pelo Museu da Pessoa. A mesma metodologia foi aplicada na produção de todo o acervo do museu, que conta hoje com mais de 18 mil depoimentos em áudio, vídeo e texto, além de cerca de 60 mil fotos e documentos digitalizados, constituindo um importante patrimônio imaterial cultural e histórico do Brasil e do mundo, pois protege as expressões culturais da sociedade brasileira por meio de histórias de vida.
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O projeto Círculo de Histórias foi viabilizado com o apoio da Fundação Hering, por meio de seu eixo Memória e Cultura, cria e fortalece projetos que valorizam, constroem e salvaguardam histórias. “A escolha da execução do projeto junto aos jovens do Instituto Reciclar foi natural, uma vez que este já era parceiro da Fundação Hermann Hering”, explica Amélia Malheiros, Gestora da Fundação. “A parceria com a Fundação Hermann Hering é, também, uma conexão de propósitos entre duas organizações que enxergam o jovem como transformadores sociais”, avalia Carlos Henrique Lima. “Neste sentido, o Museu da Pessoa chegou para somar, fortalecendo nossos propósitos”, completa.
O Museu da Pessoa entende que registrar a história dos jovens do Instituto Reciclar fomenta um legado cultural e social baseado na diversidade, além de proporcionar uma transformação em suas vidas pessoal e profissional. Para as três organizações, parcerias como esta têm um papel importante na construção de uma sociedade com oportunidades para todos, em especial os jovens, que são a maior potência de transformação de nosso país.
Além do legado das histórias que irão compor o acervo do Museu, os jovens passam agora a serem multiplicadores da Tecnologia Social da Memória, que forma pessoas para a escuta atenta e disseminação de histórias de outras pessoas. Uma metodologia que já alcançou 70 municípios, 5300 alunos e 1500 organizações sociais e comunidades.
As histórias dos jovens do Instituto Reciclar estarão disponíveis no site do Museu da Pessoa.