Ao final do Projeto Trama Afetiva 2018, lançamos a publicação “Economia Afetiva: Um aprendizado para o futuro.” (download AQUI), que traz textos, imagens, pensamentos e relatos dos diretores criativos, designers tutores, colaboradores da FHH e participantes da edição do Trama 2018. Confira abaixo o relato da gestora da Fundação Hering, Amélia Malheiros sobre o conceito do projeto e como o afeto pode ser transformador.

Dos muitos significados da palavra TRAMA resolvi escolher Troca – Teia – Textura e Astúcia.

Quando se junta a palavra afeto a qualquer desses significados já construímos uma primeira pista dessa experiência tão forte e transformadora que vivenciamos.

Troca Afetiva – desde o começo quando tudo ainda era uma ideia vinda de um incômodo, as trocas e percepções nortearam e construíram cada etapa, sem sobreposição de visão.

A lateralidade que buscamos ao participar de movimentos sociais e culturais foi sempre um ponto de destaque. Tudo dito, transparente e claramente dito.

Da iniciativa de expor nosso projeto até a coragem para buscar recursos foi uma boa jornada. Vivida intensamente e agregando mais pessoas com intenção e atitude. Só atraímos gente do bem!

Teia Afetiva – daí começamos a tecer literalmente, buscando atrair e conectar pontos. Com a intenção primeira de ressignificar sobras têxteis, nossa trama buscou ir além.

A diversidade que trouxemos com amor, acolhimento e respeito foi linda! Por fim construímos um processo que já não tinha fim (sem ponto final nessa frase…)

Textura Afetiva – textura fala sem palavras, só pelo toque, aguça outros sentidos. Ao aproximar a Fundação Hermann Hering de um universo tão diverso e rico de sentimentos, nosso propósito se fortaleceu.

Ao abrir portas e potencializar sonhos construímos novas possibilidades de ação e não só de reação.

Astúcia afetiva – pensar pra além do óbvio (sem desconsiderá-lo) cocriar levando em conta a vocação primeira.

Astúcia é basicamente pensar novas soluções para velhos problemas. O resultado da nossa trama fala por si.

Falando em nome do time da Fundação Hermann Hering, posso expressar nosso sentimento de pertencimento a esse movimento que mostra novas formas pra lidar com os valiosos recursos do planeta. Falamos hoje tanto em curadoria de moda, aqui quero trazer uma provocação: e se fizéssemos uma CUIDADORIA de nós mesmos pra reaprender a viver no planeta?

Pensar a #modapronovomundo é sim valorizar o passado, viver com autoresponsabilidade o presente pra merecer o futuro.

Um mega agradecimento aos Trameiros e meu infinito afeto ao Jackson Araujo, à Luca Predabon e a todos que tornaram essa trama possível.